Em 15 de novembro, Elon Musk causou polêmica ao apoiar um post antissemita na rede social X. Isso levou anunciantes como Apple, Disney, Warner Bros Discovery e Comcast a retirarem seus anúncios, visto que a atitude de Musk foi considerada uma aprovação ao discurso de ódio na plataforma, o que poderia associar suas marcas a conteúdo nazista. A Casa Branca condenou as ações de Musk.
O post apoiado por Elon Musk era antissemita e disseminava teorias da conspiração. Especificamente, o post afirmava que os judeus estavam promovendo um tipo de ódio dialético contra pessoas brancas, uma alegação infundada e discriminatória. Musk respondeu a esse post, afirmando que ele representava “a verdade real”.
Essa declaração foi amplamente criticada por endossar a teoria da conspiração conhecida como ‘Grande Substituição’, que falsamente alega que tanto judeus quanto esquerdistas estariam planejando substituir populações brancas com imigrantes não brancos, resultando em um suposto ‘genocídio branco’. Essa teoria, de origem antissemita e racista, está associada a vários atos de violência extremista, incluindo o ataque à sinagoga Tree of Life em Pittsburgh em 2018.
A viagem de Musk a Israel, onde se encontrou com o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, foi outro ponto de destaque. Musk afirmou que essa visita já estava planejada antes da controvérsia e que não fazia parte de uma “turnê de desculpas”.
Durante a visita, ele recebeu um dog-tag simbólico de um pai israelense, prometendo usá-lo até que todos os reféns fossem libertados. Musk reiterou seu compromisso contra o antissemitismo e qualquer forma de promoção de ódio. Linda Yaccarino, a nova CEO da X, expressou o compromisso da empresa em combater o antissemitismo e a discriminação, enfatizando o papel da X na liberdade de expressão e a importância de seus parceiros.
As consequências das ações de Musk não se limitaram à X. Os que investem na Tesla também ficaram preocupados e insatisfeitos, destacando como as declarações de Musk pode influenciar suas outras empresas. A situação financeira da rede social X apresentou uma queda considerável na receita de publicidade e no tráfego web, além de um declínio geral no uso das mídias sociais.
Na entrevista, Musk falou sobre vários assuntos, incluindo política ambiental e as eleições nos EUA. Ele criticou os sindicatos e falou sobre a influência da China nas suas empresas. Ele também demonstrou preocupação com os riscos da IA e da OpenAI. Além disso, a posição de Musk na X foi debatida, com figuras como o empresário e co-fundador do Facebook, Dustin Moskovitz, sugerindo que Linda Yaccarino deveria considerar a remoção de Musk do cargo de CTO, demonstrando as dificuldades que ele enfrenta para manter a confiança de anunciantes, investidores e usuários.