A Unity Technologies, empresa que desenvolve o motor de jogo Unity, anunciou recentemente uma decisão que tem gerado revolta entre os desenvolvedores. A partir do dia 1º de janeiro de 2024, ela introduzirá uma nova taxa que será cobrada com base no número de vezes que um jogo é instalado. Nomeada “Unity Runtime Fee” (taxa de tempo de execução), a intenção é cobrar uma taxa fixa dos desenvolvedores cada vez que um jogo construído com a Unity Engine for instalado por um jogador.
Para assinantes do Unity Personal ou Unity Plus, a taxa entrará em vigor depois que um projeto ultrapassar US$ 200.000 em receita em 12 meses e 200.000 instalações totais. Por outro lado, os assinantes das licenças Unity Pro ou Unity Enterprise terão um limite mais elevado antes de serem submetidos a essas taxas. No caso desses desenvolvedores, a cobrança entra em vigor depois que um título ganhar US$ 1 milhão nesse mesmo período de 12 meses e passar de 1 milhão de instalações.
Planos Unity: https://unity.com/pt/pricing
Além disso, a partir de novembro, a Unity oferecerá novos recursos aos seus assinantes sem custo adicional. Estes recursos incluem: armazenamento de imagens, sons e modelos 3D na nuvem, ferramentas específicas para desenvolvedores chamadas “Unity DevOps” e funcionalidades de Inteligência Artificial que podem ser usadas durante a execução de um jogo ou aplicativo.
Como a repercussão foi muito negativa, a Unity revisou sua decisão e optou por cobrar esta nova taxa apenas na primeira instalação do jogo, o que não foi suficiente para amenizar os ânimos dos desenvolvedores. Grandes plataformas, como Microsoft e Sony, enfrentam uma situação ainda mais desafiadora, pois terão que pagar uma taxa à Unity sempre que um jogo desenvolvido com seu motor gráfico for baixado.
Essa situação nos faz pensar se as empresas estão agindo corretamente ou se estão sendo abusivas, pois uma atitude como essa pode mudar o setor de jogos.