A ‘Síndrome do Pulmão Branco’ é um termo não científico que surgiu recentemente para descrever um tipo de pneumonia infantil que provoca o surgimento de manchas brancas no pulmão. Estas manchas são visíveis nos raios-X do tórax, e os primeiros casos do surto foram reportados nos relatórios do Distrito de Saúde do Condado de Warren, em Ohio, EUA, referindo-se ao evento como um surto de pneumonia pediátrica.
De agosto até o momento, cerca de 145 casos de crianças entre 3 e 14 anos foram detectados, com a maioria dos casos afetando crianças de 3 a 8 anos. A situação é causada principalmente por Mycoplasma pneumoniae, uma bactéria comum responsável por infecções respiratórias, que às vezes demonstra resistência a antibióticos.
A síndrome é caracterizada por dificuldade respiratória, tosse, dor no peito, febre e fadiga. Em casos de ARDS (síndrome da angústia respiratória aguda), o fluido acumula-se nos sacos de ar dos pulmões, dificultando a respiração. A microlitíase alveolar pulmonar, uma doença rara, e a silicose, causada pela inalação de poeira de sílica, também se enquadram neste espectro.
Apesar da atenção global, profissionais de saúde em Ohio e na China enfatizam que os casos recentes não são indicativos de um novo tipo de pneumonia, mas sim de cepas já conhecidas, frequentemente observadas durante a temporada de gripes e resfriados. As infecções relatadas em Ohio não estão ligadas à situação na China ou em outras partes da Europa.
Em resposta, autoridades de saúde recomendam medidas preventivas como lavagem frequente das mãos, distanciamento social, evitar lugares lotados e quarentena em caso de sintomas. Destaca-se também a importância da vacinação atualizada contra a COVID-19 e a gripe, especialmente para grupos de risco como idosos, mulheres grávidas e crianças.
Apesar da ‘Síndrome do Pulmão Branco’ não ser um termo oficial, ele ressalta a importância de estarmos mais conscientes sobre os organismos infecciosos que causam doenças respiratórias. As autoridades de saúde de Ohio e da China estão monitorando os casos e afirmam que, por enquanto, não há motivo para alarme global.
Fonte: cbsnews – sundayguardianlive – indianexpress