O Brasil foi um dos países menos impactados pelo apagão cibernético que ocorreu hoje (19 de julho). A falha foi causada por uma atualização defeituosa no software de segurança Falcon, desenvolvido pela empresa americana CrowdStrike. Enquanto várias empresas ao redor do mundo enfrentaram problemas, o Brasil registrou poucos incidentes.
A atualização do software Falcon para sistemas Windows levou inúmeros computadores a exibirem a temida “tela azul da morte”. Voltada para detectar e prevenir ameaças cibernéticas, a atualização causou uma falha que interrompeu o funcionamento de sistemas corporativos em diversos países. Inicialmente, muitos acreditaram que se tratava de um ataque hacker devido à natureza repentina e disseminada dos problemas. No entanto, as investigações revelaram que a causa era uma atualização defeituosa do software de segurança Falcon.
Dois fatores principais explicam o menor impacto no Brasil. Primeiramente, a base de clientes da CrowdStrike no país é relativamente pequena, já que a empresa ainda está se consolidando no mercado brasileiro. Em segundo lugar, a atualização problemática foi liberada durante a madrugada no horário de Brasília, quando a maioria dos sistemas não estava em uso, permitindo uma reação rápida para mitigar os problemas antes do horário comercial.
Em contraste, o apagão teve um impacto severo em outros países. Nos Estados Unidos, o sistema de aviação foi fortemente prejudicado, com centenas de voos cancelados e longas filas nos aeroportos. Empresas de mídia, como a Sky News no Reino Unido e a ABC na Austrália, também enfrentaram interrupções.
A CrowdStrike agiu rapidamente para resolver o problema, recomendando que os usuários afetados iniciassem seus sistemas em modo de segurança e apagassem os arquivos da última atualização. Além disso, a CrowdStrike está trabalhando com a Microsoft para garantir que tudo volte a funcionar normalmente e prevenir futuros problemas.
O incidente serve como um alerta para a importância do investimento em segurança cibernética, especialmente em um mundo cada vez mais digitalizado. No Brasil, a adoção de soluções avançadas ainda é limitada por questões financeiras e pela preferência por fornecedores já consolidados no mercado. No entanto, eventos como este podem impulsionar empresas locais a reconsiderar suas estratégias de proteção digital.
Fontes: estadodeminas – folha – g1