Funcionários da Samsung Electronics na Coreia do Sul, representados pelo sindicato NSEU, que conta com cerca de 30.000 trabalhadores, começaram uma greve por tempo indeterminado. Eles querem um aumento de 3,5% no salário base, melhorias nos bônus por desempenho e um dia extra de folga por ano. Son Woo-mok, presidente do sindicato, anunciou a greve ao vivo no YouTube, mostrando que estão firmes até conseguirem o que pedem.
Essa greve não é apenas um evento isolado. Ela vem após uma paralisação de um dia em 7 de junho, que foi a primeira na história da Samsung, uma empresa que só permitiu sindicatos recentemente, após pressões legais em 2020. Antes disso, a empresa era conhecida por sua política rigorosa contra sindicatos.
A situação é crítica porque a Samsung é um dos maiores fabricantes de chips de memória do mundo, peças essenciais para computadores, smartphones e dispositivos de IA. Recentemente, a empresa enfrentou desafios e viu seus menores ganhos em mais de uma década, mas ainda assim espera um grande aumento nos lucros devido à demanda por chips de IA.
Mesmo com a greve, a Samsung afirma que a produção não foi afetada até agora. No entanto, o sindicato diz que já há interrupções nas linhas de produção e alerta que a falta de diálogo pode ter consequências graves. Eles estão começando com uma fábrica menor antes de focar na principal instalação de produção de memória em Pyeongtaek.
Além dos desafios atuais, a Samsung está tentando obter a aprovação da Nvidia para seus novos chips de alta largura de banda, mas enfrenta dificuldades, com o CEO da Nvidia dizendo que precisam de mais trabalho de engenharia.
Essa greve destaca um momento crucial para a Samsung e o movimento trabalhista na Coreia do Sul. Os trabalhadores querem reconhecimento e melhores condições de trabalho. O desenrolar dessa greve pode mudar as relações de trabalho na Samsung e em outras empresas tecnológicas no país. Todo mundo está de olho, esperando um equilíbrio entre as necessidades dos trabalhadores e a continuidade dos negócios da Samsung.
O grupo Samsung, que controla a Samsung Electronics, só aceitou sindicatos em 2020 após enfrentar problemas legais. Lee Jae-yong, o então vice-presidente, prometeu parar de suprimir sindicatos organizados. Hoje, a União Nacional dos Trabalhadores da Samsung Electronics representa cerca de 31.000 funcionários.
Fontes: forbes – indiatimes