Videogames: Uma nova ferramenta para o bem-estar dos idosos

Os videogames têm contribuído significativamente para a saúde física e mental dos idosos. Pesquisas recentes têm observado como os idosos que jogam videogames apresentam melhoras em diversas funções mentais e emocionais, contribuindo para a saúde física, mental e social. 

  • Melhoras cognitivas: Memória, atenção, raciocínio lógico, flexibilidade cognitiva, coordenação mão-olho. 
  • Melhoras emocionais: Bem-estar emocional, redução de sintomas de depressão, socialização, estimulação de sentimentos positivos. 
  • Outros benefícios: Atividade física e aprendizado cultural. 

Uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual da Carolina do Norte mostrou que os idosos que jogam videogames, mesmo que ocasionalmente, apresentam um bem-estar emocional mais elevado. A pesquisa foi realizada com 140 indivíduos de 63 anos ou mais e revelou que os participantes que jogavam videogames apresentavam menos depressão e emoções negativas em comparação com aqueles que não jogavam. 

Esse estudo sugere que jogar videogames pode ajudar a melhorar o bem-estar emocional dos idosos, mostrando uma possível maneira de contribuir para a saúde mental deles. Os dados indicam que a indústria de videogames tem crescido exponencialmente, e os idosos constituem uma parcela significativa desse crescimento. Jogos eletrônicos têm servido não apenas como uma fonte de entretenimento, mas também como um meio de socialização, uma vez que muitos jogos permitem interação online com outros jogadores ao redor do mundo. 

Idoso de Tatuí é fã da franquia Resident Evil – Foto: Arquivo pessoal

O envolvimento com videogames também tem mostrado potencial em melhorar aspectos chave da memória em idosos. Um estudo específico observou que a jogabilidade em ambientes tridimensionais ricos, como o proporcionado pelo jogo Super Mario, pode trazer benefícios cognitivos maiores em comparação a jogos bidimensionais como o jogo de cartas, Paciência. 

Essa exposição a novos estímulos e ambientes, mesmo que virtualmente, pode estimular a neuroplasticidade, que é a capacidade do sistema nervoso de se adaptar a novas experiências, contribuindo assim para a saúde cognitiva dos idosos. 

Estudos também têm explorado o impacto de jogos específicos na promoção da saúde mental. Jogos de estratégia complexa, por exemplo, foram associados a melhorias na memória e habilidades cognitivas, enquanto jogos que exigem atividade física podem também promover o bem-estar físico. 

Tais jogos podem oferecer benefícios maiores ao proporcionar novos desafios e estimular a formação de novas conexões neurais, o que pode ser benéfico na manutenção da saúde cerebral e prevenção de doenças neurodegenerativas. 

Cabe aqui ressaltar que, apesar dos benefícios potenciais, a interação com a tecnologia deve ser balanceada, garantindo que os idosos mantenham uma vida equilibrada entre o mundo digital e o real. Além disso, a relutância de alguns idosos em adotar novas tecnologias, possivelmente devido a barreiras geracionais ou dificuldades de aprendizado, pode exigir paciência e ajuda para que se acostumem com essas novas ferramentas tecnológicas. 

Os videogames surgem como uma forma de ajudar os idosos a terem uma vida mais ativa e engajada pois além de divertir, podem contribuir para uma melhora na qualidade de vida, na socialização e no enfrentamento de novos desafios de um jeito divertido e animador. 

Fonte: lifelinenia.nihvejag1 – sciencedirect

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