Ontem, durante a apresentação do evento “Xbox Developer Direct 2024”, fui surpreendido em dois aspectos principais. Primeiro, com a revelação do jogo Indiana Jones, previsto para 2024, e depois pela reação de parte dos internautas à escolha da visão em primeira pessoa. Esta crítica me pareceu precipitada, dada a competência da MachineGames, um estúdio renomado pela sua habilidade em desenvolver jogos históricos e em primeira pessoa.
“Indiana Jones and the Great Circle” tem provocado debates acalorados, com foco não só no seu esperado lançamento em 2024 para PC e Xbox, mas também nas controvérsias sobre sua perspectiva em primeira pessoa. Alguns defendem a visão em terceira pessoa, argumentando que isto seria mais fiel à natureza aventureira dos filmes. Porém, é importante destacar que a jogabilidade e a narrativa são os principais fatores que definem um grande jogo. Curiosamente, muitos críticos reconhecem a experiência da MachineGames em jogos de primeira pessoa, com uma parcela significativa até aceitando a escolha do estúdio com otimismo, e eu me incluo nesse grupo.
Sugerir que Tomb Raider e Uncharted, inspirados em Indiana Jones, sejam os modelos para este novo jogo não é coerente. A abordagem da MachineGames é alinhada com a evolução do gênero, que tem variado ao longo do tempo. Lara Croft, por exemplo, teve sua franquia reinventada, inspirando-se em Uncharted, que, por sua vez, compartilha semelhanças com Dr. Jones, ambas com foco na temática aventura-arqueologia.
Existem várias razões para aguardar o lançamento e experimentar a visão em primeira pessoa. Além da já mencionada competência da MachineGames, evidenciada na franquia Wolfenstein, é importante testar a jogabilidade antes de emitir uma opinião definitiva. Desnecessário lembrar o quão prematuro é emitir críticas ao lançamento de ‘Indiana Jones and the Great Circle’, pois ninguém teve acesso ao jogo ainda. Tais avaliações são injustas e dificultam a discussão construtiva sobre a evolução dos jogos.
Pessoalmente, prefiro aguardar o lançamento, confiando na habilidade comprovada da MachineGames em criar experiências imersivas em primeira pessoa. A inclusão do título no Game Pass no dia de lançamento é um ponto positivo, pelo fato de que o fanatismo por marcas tem levado muitas das vezes a opiniões parciais especialmente relacionadas a produções dos estúdios da Microsoft. Em boa parte das vezes quem deveria informar faz exatamente o contrário, desrespeitando a inteligência de seus leitores e espectadores, esquecendo que o respeito e profissionalismo são fundamentais para gerar críticas construtivas.