A agricultura moderna vem buscando produzir mais alimentos de forma sustentável, minimizando a degradação ambiental e fortalecendo a biodiversidade. Neste cenário, duas práticas se destacam como soluções ecológicas: a adubação verde e o uso de fungos micorrízicos. De forma simplificada, esses fungos atuam como auxiliares do solo para as plantas, ligando-se às raízes e facilitando a absorção de água e nutrientes, o que resulta em plantas mais fortes e saudáveis.
Desde os tempos das civilizações romana, grega e chinesa, o adubo verde tem sido uma técnica agrícola essencial. Sua retomada nas últimas décadas tem demonstrado um impacto significativo na melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Essa prática, que envolve o uso de plantas de cobertura para proteger e enriquecer o solo, se opõe às técnicas de uso intensivo do solo da agricultura moderna, reduzindo a degradação dos recursos naturais, especialmente do solo e da água.
Essas plantas de cobertura não só melhoram a fertilidade do solo como também aumentam a produção agrícola, contribuindo para um manejo mais eficiente dos recursos, equilíbrio ambiental e redução de pragas e doenças.
Por outro lado, pesquisas recentes na Suíça revelam que fungos micorrízicos podem aumentar a produtividade das culturas em até 40%, sem a necessidade de fertilizantes ou pesticidas. Experimentos realizados em 54 fazendas de milho mostraram que a aplicação desses fungos no solo antes da semeadura resultou em um aumento de produtividade de até 40%, embora em um terço dos locais tenha havido um aumento menor ou até diminuição da colheita. Esses resultados indicam uma direção promissora para a conquista de uma agricultura mais sustentável.
A combinação da adubação verde com fungos micorrízicos pode revolucionar a agricultura, tornando-a mais produtiva, competitiva e ecologicamente responsável. Este avanço representa um marco importante para alcançar uma agricultura verdadeiramente sustentável.
Fonte: agroinsight – olhardigital