A Importância das Bandeiras como Ícones Nacionais, sua Origem e Evolução

O conceito de bandeiras remonta a milhares de anos, inicialmente utilizadas para identificar grupos ou exércitos e coordenar movimentos em batalha. O líder de cada grupo ou exército portava uma bandeira distintiva para comandar e motivar suas tropas. 

Estandartes eram usados para identificar as unidades do exército romano.

Os primeiros registros de banners datam da antiga China, especificamente dos exércitos da dinastia Zhou no século 11 a.C., que carregavam estandartes brancos. Civilizações como a Egípcia e a Romana também utilizavam esses símbolos. Durante o período medieval, a seda chinesa permitiu que diversos povos, incluindo árabes e nórdicos, desenvolvessem bandeiras que eram exibidas em mastros. 

Em 1869, Gustave Flaubert, o famoso romancista francês e autor de ‘Madame Bovary’, criticou as bandeiras, alegando que estavam ‘tão manchadas de barro e sangue que deveriam desaparecer de vez’, refletindo a violência e os conflitos a elas associados. Flaubert considerava as bandeiras como símbolos de conflito e divisão, manchados pelo sangue das guerras e pela lama da política e do nacionalismo exacerbado. 

Uma das possíveis interpretações de “barro” na citação de Gustave Flaubert, parece ser uma referência as manobras políticas e a corrupção que muitas vezes estão associadas ao nacionalismo e ao uso de símbolos nacionais para promover agendas políticas.

A representação de países por meio de bandeiras é um conceito relativamente moderno, surgindo com os Estados-nação a partir do século XVII. Hoje, contamos com 254 bandeiras de nações e territórios, das quais 195 são de estados soberanos. A Dinamarca reivindica a bandeira nacional mais antiga, a Dannebrog. 

A bandeira Dannebrog é reconhecida como a mais antiga bandeira nacional ainda em uso, com sua adoção oficial no século XIV.

Com o passar do tempo, muitos outros países adotaram suas próprias bandeiras nacionais, um costume que se popularizou no século XVIII e se intensificou com o surgimento de novos Estados-nação e a descolonização global. Bandeiras podem despertar emoções fortes e nos fazer sentir que pertencemos a um grupo, especialmente em momentos difíceis.

Cartaz de propaganda chinês da Segunda Guerra Mundial mostrando soldados estadunidenses, chineses e britânicos com as bandeiras nacionais de seus respectivos países. Fonte da imagem: Wikipédia.

José Enrique Ruiz-Domènec, professor de história, e José Manuel Erbez, da Sociedade Espanhola de Vexilologia, concordam que as bandeiras influenciam nossos sentimentos de maneira inconsciente e podem desencadear emoções intensas. Manuel Erbez destaca que as bandeiras se tornaram símbolos nacionais significativos entre os séculos XVIII e XIX, diferentemente de seu uso anterior para demarcar propriedades e comunidades ligadas à nobreza. 

As bandeiras, como as dos EUA e da França, tornaram-se símbolos das revoluções que deram origem às nações modernas, fixando-se na memória coletiva e inspirando a criação de outras bandeiras nacionais. Elas desempenharam papéis centrais em eventos históricos marcantes, mas também podem ser fontes de divisão, como demonstra a controvérsia em torno da bandeira confederada. 

A bandeira confederada é frequentemente associada ao racismo devido ao seu uso histórico, pois a Confederação lutou para preservar a escravidão durante a Guerra Civil nos Estados Unidos.

Em muitos países, como Holanda, Dinamarca e Itália, as bandeiras são símbolos respeitados de história e unidade. Apesar das controvérsias, as bandeiras nacionais continuam a ser elementos vitais de identificação e orgulho nacional. 

Fonte: brasil.elpaisflagpediatokdehistoriaworldometerswikipedia 

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